quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Por mares nunca dantes navegados


Por mares nunca dantes navegados

Me disseram que no amor as pessoas precisam ser diferentes pra poder dar certo, afinal duas peças de quebra-cabeça que se encaixam tem que ter formatos diferentes de modo que não se encaixariam se fossem idênticas.

Concordo que num relacionamento muito se aprende com os novos gostos do 'outro', ocorre uma verdadeira revolução em nós, conhecemos um novo mundo, assimilamos um pouco dele, rejeitamos um outro tanto, e assim nos remodelamos, crescemos, evoluímos. E que evolução teríamos se fôssemos os dois iguais?

Mas até que ponto estamos dispostos a encarar uma nova realidade, novas maneiras, novos hábitos? Até que ponto nos deliciamos com essa antropofagia mental?

Às vezes mundos muito distantes podem ser fascinantes, mas a aproximação pode não ser tão real quanto fora idealizada. O choque às vezes é grande e nem sempre estamos dispostos a conhecer aquilo que destoa bastante do nosso cotidiano, que foge muito à nossa compreensão.

Além disso, como disse o filósofo:" Cada cabeça é um mundo". E cada mundo tem seus medos e seus portos seguros... Quem se arrisca a abandonar completamente seu cais e se aventurar nos perigos do alto-mar? E ainda mais sem bote salva-vidas?

É preciso avaliar bem antes de se aventurar pelo mar adentro, é preciso estar decidido pela viagem, afinal não se pode navegar ancorado. Talvez seja melhor - ou pelo menos mais prudente - permanecer atracado ao porto, ainda que o porto não seja tudo que a gente quer e precisa.

É sempre perigoso navegar por mares desconhecidos...

[Mente Hiperativa]

2 comentários:

  1. adorei esse post especialmente esse trecho

    "Quem se arrisca a abandonar completamente seu cais e se aventurar nos perigos do alto-mar? E ainda mais sem bote salva-vidas? "

    Sabe a sua imagem me remeteu as aulas de história que dou aos meus alunos sobre as grandes navagaçoes...

    Navegar em mares desconhecidos, mares esses que estão recheado de mitos, de medo, que em NOSSA MENTE está cheio de serpentes, de sereias sedutoras; mas que naufragam os barcos...

    Eram tantos os perigos nas mentes dos probres portugueses...Mas no fim existiam sim os perigos REAIS , as embarcaçoes nao adequadas, as doenças ...

    Rentre os perigos reais e imaginarios ha GRANDESS ENORMESSS diferençass....

    Sabe se os portgueses tivessem desistido de navegar pelos medos imaginários hoje a historia da humanidade seria outra...nossas vidas seriam outras...se é que nao estariamos ainda no tempo dos índios neh...

    Tem horas na vida q é importante ousar, se lançar ao mar e fazer escolhas diferentes!

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  2. Adorei seu texto.. Se lançar ao mar é uma escolha realmente difícil, mas as vezes é necessário!

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