domingo, 24 de julho de 2016

A morte: fatalidade ou escolha?


A morte: fatalidade ou escolha?

E se a morte não existisse e cada um determinasse o instante do seu fim? Em que momento você ia querer parar? Aliás, você ia querer parar? Teria que ter coragem ou motivo suficiente pra encerrar a vida, já que por conta própria ela jamais acabaria. Parece surreal, mas será que não é assim que ocorre?

A morte é o grande mistério da vida, será que temos o poder de determinar nossa causa mortis ainda que sem ter plena consciência disso? Através das nossas experiências, consumos, modo de vida, exposições e circunstâncias?

O tabagista que morre de câncer, o imprudente que morre no trânsito, o glutão que morre de infarto, o relapso que morre por descontrole de sua enfermidade, o irresponsável que morre no acidente de trânsito, o bandido que morre pelo crime.

Será que no fundo a vida não quer acabar e cada um de nós que a provoca e a deixa sem saída? No final das contas parece que o suicídio não é algo tão incomum, ao menos partindo do pressuposto de que ele pode ser longo e calmamente arquitetado durante toda uma existência. Não é preciso morrer rápido pra concluir que se matou, nos matamos no dia a dia, à cada cigarro tragado, à cada discussão de trânsito, à cada raiva guardada, matamos um pouco de nossa vida à cada traição, mentira ou extravagância alimentar.

A vida vai se acabando, se arrastando, e o último golpe será sempre considerado o culpado. Mas na verdade tivemos tempo suficiente de planejar o crime perfeito, muitas vezes o primeiro e último de toda uma vida.

[Mente Hiperativa]