quinta-feira, 31 de março de 2011

Ele era do tipo...


Ele era do tipo...

Ele era do tipo que não acreditava em amizade entre homem e mulher, pra ele isso não existia.

Ele era do tipo que não se apegava, nem deixava que elas alimentassem qualquer vínculo, nem em sonho.

Ele era do tipo prático, superficial, porém extremamente sedutor e envolvente. Essas eram suas armas.

Ele era do tipo que dizia as coisas mais bonitas, mas somente até conseguir o que queria. E sempre soube bem o que queria.

Ele era do tipo que não se permitia amar, e por isso preferia apenas os encontros casuais pra se satisfazer.

Ele era do tipo que espremia e sufocava suas carências sentimentais, que tentava enganar a elas e a si mesmo. Só conseguia enganar a elas.

Nota: Talvez um dia ele aprenda alguma coisa. E amadureça.

[Mente Hiperativa]

O que faço?


O que faço?

O que faço com essa vontade que tenho de agarrar o mundo todo com as pernas ?

Com esse impulso de ler um livro, parar na metade, ler outro, depois outro, ler os três ao mesmo tempo ?

O que faço com esse desejo de aprender tudo, culinária, artes, escrita, música, línguas... ?

Com essa vontade de ouvir muitas músicas, mas só conseguir escutar os primeiros segundos de cada uma ?

O que faço com toda essa energia que me faria dançar, nadar ou correr por horas ?

Com esse cansaço que me deixa as mesmas 'horas' jogado no sofá contemplando o teto ?

O que faço com toda essa energia ?

E com toda essa eventual falta de energia ?

Nota: Ah, se eu conseguisse ter pleno controle sobre mim... Ou pelo menos ter um estabilizador de corrente em mãos...

[Mente Hiperativa]

quarta-feira, 30 de março de 2011

E eu ébrio


E eu ébrio

Mais uma festa, e eu ébrio, pessoas dançam de forma ridícula e descoordenada, mas se divertem. Eu também queria dançar daquele jeito, mas estou ébrio demais pra isso. Vejo garrafas caindo no chão, pessoas caindo no chão, pessoas se jogando no chão. Ah, o álcool, o que ele não faz com as pessoas hein... Não posso (nem quero) condená-las, já passei por isso, mas hoje apenas assisto de perto pois estou completamente ébrio.

A música toca alta, as pessoas estão dançando, baixas. Digo, estão dançando baixinho, próximas ao chão, isso que eu quis dizer. Elas parecem se divertir naquela bagunça, mas eu -ébrio- acho tudo muito chato. Parece que não há lugar inapropriado pra o "amor" acontecer, assisto em todos os lugares beijos, abraços, amassos e afagos; em todos os pilares, paredes, coqueiros e banheiros. Ninguém fica sozinho, todo mundo parece interessante diante daquele barulho e fumaça, será que o álcool cega ou aguça a vista? Bem, só eu (ébrio) fico sozinho na festa, não encontro ninguém interessante.

Enfim a festa acaba (pra mim nem chegou a começar...), abaixam o som, alguns se levantam, outros agradecem pelo chão ter parado de balançar (será o álcool ?) e os que conseguem vão se encaminhando sozinhos pra casa. No dia seguinte todos comentam que a festa foi um sucesso, parece que só eu achei ela uma porcaria.

Será que ela foi mesmo TÃO ruim, ou será que eu estava ébrio demais pra perceber o quanto ela foi boa ?

Nota: Confiram a música da festa, I'm in Miami bitch (Letra).



[Mente Hiperativa]

Caracol


Postagem do blog Caracol.

é como quando o silêncio chega,
passos largos e pesados
e se larga no sofá entre a gente
afundando a almofada
você pergunta o que que foi
e eu sempre digo
- nada.

Nota: E num é que é assim mesmo.

[Mente Hiperativa]

Eu te bebo


Eu te bebo

Eu posso te colocar numa taça de cristal bem cara e te saborear lentamente, gole a gole, como faria com um vinho tinto importado.

Ou posso te colocar num copinho, daqueles que se ganha de brinde, e te beber num gole só, como faria com uma boa cachaça nacional.

Depende só da minha sede, da minha sede.


[Mente Hiperativa]

terça-feira, 29 de março de 2011

O que faço com essa paixão ?


O que faço com essa paixão ?

Confesso que não entendo como você foi se interessar TÃO rápido, ainda mais por alguém tão inconstante como eu. Poisé, dizem que no coração não se manda, eu sei, eu também não mando no meu. INfelizmente.

Então, o que faço com essa tua paixão ? Como faço pra te mostrar que nossos mundos são tão diferentes e nossos modos de vida tão incompatíveis ? Nem tempo a gente arruma pra ficar junto... Ou será que arrumaríamos se fosse amor de verdade ?

Por que você vem me falar que esperaria mil anos de braços abertos ? Eu não quero acreditar que isso seja verdade, não quero que você perca seu tempo me esperando em vão.

Depois daquele dia eu pensei se teríamos chance de dar certo... Tenho quase certeza que não, afinal como você disse, é doloroso me amar... Eu sei, mas não é culpa minha.

Então o que faço com essa paixão ? Será que vale a pena toda essa ousadia ?

Nota: Eu sei que quando você ler essa postagem irá se identificar com ela, não foi coincidência, foi pra você sim. E só você saberá disso.

[Mente Hiperativa]

Os poemas


Os poemas

Poema de Mário Quintana, do livro 'Esconderijos do tempo'.


Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...


[Mente Hiperativa]

segunda-feira, 28 de março de 2011

Praga urbana

Praga urbana

Ainda me admiro com certas pragas urbanas...

É incrível observar a imensa quantidade de pombos que há na cidade, parece que brotam do chão ou se multiplicam como bactérias, mas não é isso que me assusta de verdade. Outro dia vi um senhor sentado na praça alimentando os pombos com uma sacola de milho, do outro lado um morador de rua esfomeado mendigava ajuda na calçada daquela mesma praça e alguns metros depois, no semáforo de trânsito, crianças faziam acrobacias pra ganhar algum trocado.

Não entendo como uma pessoa pode gastar seu dinheiro pra dar comida a pombos enquanto PESSOAS passam fome ao seu lado. Na verdade não tenho uma opinião formada sobre os pedintes de rua, sei que muitos deles têm condições de trabalhar e ganhar seu próprio pão... Mas isso não os torna menos humanos que nós, não é verdade ?

Muitas vezes eu não me pergunto duas vezes antes de comprar um pão ou um pacote de fubá pra matar um pouco da fome daquela pessoa. Mesmo assim há quem prefira dar comida aos pombos...

Acho que essa é a verdadeira praga humana -e é isso que me assusta- o egoísmo, antônimo de altruísmo. Às vezes parece que o outro não existe, não está ali, só se enxerga os pombos.

Nota: Pense nisso toda vez que encontrar alguém pelas ruas, com fome.

[Mente Hiperativa]

Mente Hiperativa


Mente Hiperativa

Postagem escrita por Aline, no blog Relicário.

Como explicar o que senti, quando costumeiramente abri meu blog e fui logo procurando as últimas postagens suas ? Bateu um desespero, o Mente, como me refiro à ele desde o começo para minhas amigas, tinha se tornado desde o início uma espécie de janela por onde eu podia espiar pensamentos e certas insanidades de um jovem hiperativo e muito interessante.

Há algum tempo passei por uma experiência de desapego, e entre muitas coisas escolhi o Relicário pra passar um tempo longe, devido a dependência que sentia dele a cada angústia que eu sentia. Pensava comigo... E se não existisse blog, nem internet, nem nada disso ? Então passei um tempo sim, sem acessar a página, mas era bem diferente não tinha a menor dúvida que no momento que eu quisesse estaria lá, no mesmo lugar, aquela janela pra espiar. E hoje há apenas uma semana de ter retornado aqui não o encontro mais. E me pergunto novamente, como explicar o que senti ?

Sabe quando você tem um casal de amigos que desde sempre namoram e de repente, acabam, sem explicação, sem razão ? Está você lá no meio dos dois como tantas outras pessoas que amam aquele suposto casal e querem vê-los juntos novamente, porque sabem que se amam, mas não podem fazer exatamente nada ? Me sinto assim. Senna sem o Mente ? Por incrível que pareça, existe. Mas não demora muito não, tá ?
Faz um "mentinha" novo, faz ?

Nota: E eu consigo ficar muito tempo longe da blogosfera??? Consigo nada... Ainda mais recebendo uma homenagem dessa.

[Mente Hiperativa]

Des-continuidade


Des-continuidade


Eu canso

Aí descanso

E continuo minha caminhada

Até cansar de novo...

Nota:
E dessa forma eu sigo, des-continuado.

[Mente Hiperativa]

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Novo ou o Tradicional?


O Novo ou o Tradicional?

De repente, da mesma forma que ele se foi, ele voltou. Tentei acessar o Mente Hiperativa o dia todo, só por desencargo de consciência mesmo, mas não obtive êxito pois como nos últimos dias apareceu "Endereço removido".

À noite eu acessei meu email como rotineiramente faço e pra minha surpresa havia uma notificação de comentário no MH (o outro, o antigo). Na hora eu logo pensei: "O MH retornou!!!" E foi isso mesmo, o google deve ter reconhecido que a remoção foi imprópria e colocou ele de volta no ar (novamente sem dar qualquer explicação). Que coisa doida...

O mais louco disso tudo é que eu devia ficar muito feliz afinal era tudo que eu queria, o meu blog de volta. Mas fiquei confuso porque eu já tinha feito um novo espaço, o Mente Hiperativa 2, com visual novo, novas idéias, novo tudo. E aí surgiu o dilema: volto pra o antigo e sigo a vida normalmente ou desfaço as malas e fico por aqui mesmo ?

Bem, impulsivo do jeito que sou eu não perdi mais do que dois minutos pensando nisso, fico por aqui mesmo, passo lá pra recuperar alguns arquivos e deixar o link do novo blog aos leitores que não conseguiram me achar. E pronto, afinal quem me garante que não vão removê-lo novamente ? Talvez o blogger tenha dado um tempinho pra o pobre coitado aqui recuperar suas coisas... Sei lá, depois dessa puxada de tapete eu não confio mais em nada.

Além do mais achei que essa idéia de renovar veio numa boa hora, arejou minhas idéias, me obrigou a mudar e aprender a não me apegar tanto às coisas, e ainda por cima fez muitos leitores "caladões" se manifestarem, alguns que eu nem sabia que eram tão assíduos por aqui, não sabia que o blog era tão importante pra alguns deles; parece que só levando um susto desses pra eles se manifestarem.

Por essas e por outras que eu ratifico, o blog agora é aqui! Segunda-feira começo minha rotina normal e diária de postagens, já estão aí as previsões da semana.

Nota: E viva o NOVO!

[Mente Hiperativa]

terça-feira, 22 de março de 2011

RECOMEÇANDO


RECOMEÇANDO

Depois de um ano e meio e 724 postagens publicadas, o blogger (ou google, como preferir) remove meu blog Mente Hiperativa sem qualquer motivo aparente, sem eu ter desobedecido qualquer termo do contrato. Terá sido vírus ? Malware ? Me confundiram com algum SPAM ? Essas são algumas possíveis causas que encontrei nos fóruns sobre o assunto. Mas eu não sei, o blogger não me deu qualquer satisfação e nem enviou qualquer aviso, simplesmente removeu meu blog e pronto. Simples assim, como se estivéssemos vivendo na ditadura Chinesa e não merecessemos qualquer direito, aviso, ou satisfação.

Claro que na hora fiquei tomado de raiva, afinal tiraram uma parte de mim, uma parte viva da minha memória, fiquei muito revoltado. Depois, mais calmo, tentei de todas as formas entrar em contato e obter explicações sobre o ocorrido pois queria restabelecer meu endereço pra poder recuperar meus seguidores e minhas postagens. Acham que obtive alguma resposta ? Não, nenhuma, e logo percebi que estava perdendo meu tempo, que a solução era olhar pra frente, pra frente é que se vive! Sabe aquela história que diz que devemos focar na solução, e não no problema ? Foi o que fiz.

Então apesar de tudo estou aqui novamente, vou prosseguir com meu plano de expor e trocar idéias, defender opiniões ou mudá-las se julgar nescessário. Não vou me deixar abater por esse aborrecimento pois se me tiraram o blog, não me tiraram junto a vontade de escrever, esse vício saudável eu acho que vou carregar por toda a vida. Além do mais se eu perdi tudo eu posso reconstruir de novo, maior e melhor, estou encarando isso como uma chance de mudar, um empurrãozinho pra que eu possa ousar e mexer no que estava tão bem acomodado e rígido. E de quebra ainda exercito o meu desapego.

Bem-vindos ao meu mundo, à minha Mente Hiperativa.

Lição que aprendi: Faça sempre Backup do que for importante.



[Mente Hiperativa]