quarta-feira, 27 de abril de 2011

Malditas!


Malditas!

É durante o dia que o mundo funciona, as pessoas trabalham, o comércio ferve, as crianças vão à escola, o trânsito torna-se caótico e as indústrias produzem pra sustentar o imenso mercado consumidor que não pára de crescer. No entanto elas dormem, silenciosas, quietinhas, diria até invisívies, porque não.

Entretanto ao anoitecer elas se acordam, cada uma veste seu repugnante uniforme de trabalho, sua carapaça que mais parece uma armadura de guerra, e então brotam do chão, das calhas e esgotos, dos lugares mais imundos e fétidos que se possa imaginar, sempre carregando consigo milhares de microorganismos nocivos, doenças, e um fedor incrível. Sim, elas fedem, pode acreditar!

Em diversas frentes de ataque elas surgem na sala, nos banheiros e sobretudo na cozinha, sobem pelas paredes, se escondem em qualquer brecha mínima e algumas até voam. São uma verdadeira praga, comem de tudo, de resto de chocolate à miolo de pão mastigado e pisado do resto de café-da-manhã, seu paladar não é nem um pouco exigente.

À noite o mundo descansa, repousa merecidamente enquanto elas se aproveitam pra fazer uma festa, um banquete às nossas custas; e você dormindo, inocente, sem saber de nada que acontece ali a alguns metros, bem debaixo das suas narinas. Mas um dia, ou melhor, uma noite, resolvi me levantar pra beber água no meio da madrugada e então descobri a farra que acontecia na minha cozinha (logo a minha cozinha que eu julgava tão limpa), já pelo corredor encontrei algumas 'meliantes' fugindo e correndo. E eu atrás delas com o chinelo na mão. De nada adianta, elas são ágeis, e tem muitos esconderijos na rota de fuga.

A partir desse dia eu passei a investigá-las, seus hábitos e costumes, comprei diversos produtos, aerosóis, sólidos, armadilhas, e também uma espécie de gel, tudo na tentativa de exterminá-las; mesmo sabendo que há uma fábrica delas, um exército produzido diariamente embaixo dos nossos pés, no esgoto. Desde então eu não tenho mais uma noite de sono, tentando eliminar essas malditas da minha cozinha, malditas baratas!

Nota: Morte às baratas!!!

[Mente Hiperativa]

4 comentários:

  1. Relaxa. Você não vai conseguir exterminá-las, mas pode preparar uma vingança. Quando conseguir, pegue uma e vire de pernas para cima, a danada é esperta mas não consegue desvirar, deixe assim até morrer de fome e de sede. Tire algum tempo do seu dia para assistir ao sofrimento. Não se esqueça de dar boas risadas. Vais se sentir bem melhor, e lembre-se, nada de levantar à noite para beber água, deixe um copo cheio perto da cama.

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  2. Adorei o comentário do Wanderley rs rs rs...
    O problema não está em sua casa, às vezes, ou quase sempre, está na casa ao lado, no apartamento ao lado...
    Mas que elas são nojentas, ah! elas são...
    Um abração.

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  3. Querido, uma triste notícia,elas sobreviveram aos dinossauros, e provavelmente elas sobreviverão aos humanos, só tu mesmo para fazer um texto sobre baratas, nunca teria essa criatividade,kkk.
    Beijosss

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