sábado, 28 de maio de 2011

A caixa


A caixa

Parecia só mais uma caixa, de longe parecia simples. Aos olhos estranhos aquela caixa seria somente uma caixa, ninguém mais do que eu poderia sentir o peso dos anos que aquela caixa carregava. Só eu.

Abri a caixa, por fora ela tinha colagens de fotos antigas, de toda a família, todas as gerações, pessoas que nem mesmo cheguei a conhecer, como minha bisavó. Como disse, abri a caixa, havia diversos álbuns dentro, fotos minhas ainda bebê até os dias atuais, até o reveillon de 2010 pra ser mais específico. (Já estamos em abril e praticamente nem tirei fotos ainda).

Calmamente eu folheio os álbuns, olho as fotos uma a uma, me recordo o que vivi e imagino o que possa ter vivido na idade mais precoce. Eu vivo e sinto o peso desses anos, contidos em poucos álbuns. Recordo.

Enfim eu fecho a caixa e guardo com zelo a minha história -ou pelo menos parte dela- e sinto que estou vivo. Mais do que nunca eu sinto que estou vivo e preciso continuar a escrever minha história. Guardo a caixa e, com o entusiasmo renovado, volto a viver minha vida. E tirar fotos dela.
Nota: A caixa de fato existe, minha tia me deu de presente, com colagens de fotos da família toda. Gosto de fotos, sempre gostei de registrar os fatos e as pessoas, as situações e os encontros com a família e com os amigos. E nesse aspecto sou antigo, gosto de fotos de papel, que posso pegar. Sou Pré-histórico, um dos poucos que ainda revela fotos, mas elas me revelam muito mais.

[Mente Hiperativa]

3 comentários:

  1. Nem parece que gosta de foto... Quando tento um flash... ehehhe...

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  2. Eu também sou Pré-histórica...rsrs, sou uma apaixonada por fotos. Parabéns pelo texto! sua sensibilidade é incrivel


    bjos

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  3. Não tenho uma relação legal com fotografias passadas. Comigo não tenho nenhuma para contar minha história.
    Bela caixa
    Um abraço

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