domingo, 22 de abril de 2012

Meu equívoco sobre o amor



Meu equívoco sobre o amor

Sempre achei que o amor fosse me pegar pelo pescoço, rodar a minha cabeça e me sacudir no chão num golpe quase fatal. Pensava que eu ia sofrer, que seria difícil lidar com ele, que seria árduo sobreviver alguns minutos longe da minha amada. Eu acreditava que o amor não era pra mim, que eu não saberia lidar com um sentimento tão forte e intenso, que eu perderia minha liberdade, quiçá até a minha identidade, e me fundiria a uma pessoa, me confundindo eternamente com ela.

E de repente, depois de tanta relutância e inúmeras experiências, descubro que o amor não é tão assustador como pintam os românticos do século XVIII-XIX. Sim, me parecia algo assustador morrer pela pessoa, sofrer, sentir dor, perder-se de si mesmo. Mas o amor não é assim, ele é bom, e é tão bom que não exige de nós qualquer coisa em troca, gentilmente, apenas espera.

Descobri que o amor é uma amizade mais próxima, de dois corpos que se tocam, e se amparam, e nutrem um sentimento imensurável, que à cada dia é alimentado e cresce, vigora, não sei se morre ou não morre, mas com certeza não mata. E é tão bom ter alguém assim ao lado, alguém que não te tira o chão, mas te oferece um assento pra sentar-se ao seu lado. E que não te faz sofrer, não, isso não é amor, ele te dá aconchego, apoio, ternura, isso sim é o verdadeiro amor.

Depois de tanto tempo me questionando acerca da natureza do amor, pude perceber que estive equivocado. O amor não faz mal nem castra os seus amantes, ao contrário, ele dá asas para que possamos conhecer lugares antes nunca visitados, podemos vivenciar uma sensação boa de que não estamos só, e que podemos viajar sem nos perdermos de nós mesmos. Amar é ter alguém pra contar, pra dividir, e jamais se anular. Amar não é pra fazer sofrer.

[Mente Hiperativa]

8 comentários:

  1. O amor tem mil faces.
    Gostei do texto.
    (minha conexão está péssima)
    Um abraço

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  2. O problema dos românticos dos séculos XVIII e XIX é que eles idealizavam demais suas pessoas amadas, justifica tamanho sofrimento. E hoje a gente pode conhecer a pessoa, respeitá-la, aprender com ela e ter um pouco disso de volta, por amor. E o sofrimento só vem se com motivos reais. Enfim. Ame!

    Abração.

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  3. O amor é algo tão simples, que teimamos em complicar sempre.
    Eu mesma sou intensa demais quando amo. Acho que só há sofrimento no amor quando a gente espera demais da outra pessoa, e não deve ser assim.

    Adorei demais o post.

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    1. valeu, você tm razão, não devemos complicar, só viver e esentir.

      Bjo

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  4. Viver o amor plenamente enquanto durar...S

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  5. Oi,MH!Que legal que tu mudou teus conceitos com relação ao amor é acho que é bem por ai as vezes a gente idealiza demais,sonha de mais e quando vai ver não é nada disso.
    Beijosss

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  6. o amor companherismo, esse é apenas uma da multiplas formas de amar

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