terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O amor (des)obrigado


O amor (des)obrigado
O

Eu não preciso de regras, código de conduta ou boas maneiras. Não quero bula ou instruções de como viver a vida nem de quem devo amar. O amor não reconhece deveres, ele é instintivo. Também não quero o amor por obrigação ou convenção. Eu preciso sentir que sou amado, mais do que ouvir, eu quero 'sentir', e não me bastam as conveniências, dispenso-as todas. O amor não é imposto, nem nunca será subentendido, eu quero o amor que grita, que se expressa, que se mostra. Pra mim amor recolhido não passa de uma lei socialmente aceita de que pessoas devem se amar. E eu não acredito em nada que seja socialmente imposto, prefiro acreditar no que meu coração sente. Por isso eu digo que estou me lixando para a opinião pública e que as conveniências não me convém, ou você me ama pelo que sou (e demonstra isso) ou esqueça qualquer obrigação de ter que me amar por isso ou por aquilo, por qualquer laço ou regra tola.


Eu só quero o amor de quem me ama, seja parente, aderente, ou mesmo serpente, dispenso qualquer sentimento por obrigação.

[Mente Hiperativa]

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amigos serão sempre Amigos (?)


Amigos serão sempre Amigos (?)
Amigos serão sempre Amigos (?)

Com o tempo você percebe que as pessoas pelas quais você seria capaz de morrer, hoje não fazem por merecer que você perca um dedo. É incrível e ao mesmo tempo desolador notar que aqueles que você dedicou tanto amor hoje não fazem a mínima questão de estar ao seu lado. Mais incrível ainda é deixar de sofrer pela ausência deles e tornar-se um pouco monstro e um pouco maduro a ponto de aceitar que eles nunca mais serão como já foram um dia.

Às vezes dá raiva, às vezes dá um alívio, mas seja pelo sofrer ou pelo amadurecimento, aprendemos que é preciso se render ao famigerado 'adeus'. Eles não voltarão a ser como antes e é preciso deixá-los partir, até porque ele já se foram, permanecem apenas no nosso pensamento que em vão ainda nos remete a eles.

Eu tenho essa mania de lembrar de quem já me esqueceu, mas prometi a mim mesmo que ia revisar esse conceito, elaborar uma maneira de fugir desse sofrimento sem quê nem porquê. Prometo que se meus amigos quiserem ir, deixarei eles partirem, não vou chorar nem sofrer, afinal novas experiências os aguardam. E a mim também, adeus.

[Mente Hiperativa]

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Novo layout

(clique na imagem para vê-la aumentada)


Novo layout

Novo visual. O que acharam? Críticas, elogios? Tô aceitando, meus leitores invisíveis.



[Mente Hiperativa]

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Devaneios de uma madrugada sem você


Devaneios de uma madrugada sem você

Eu quero curtir o silêncio tranquilo ao teu lado, quero teus ditos e não-ditos, o falado e o cogitado, quero teus dilemas e pensamentos, tuas carícias, teu afago. Quero ter certeza de que te tenho mesmo sem te ter plenamente. Preciso ouvir da tua boca o som do 'eu te amo' pra saber que nada mais te importa, e que sem mim nada mais faz sentido. Preciso saber que eu sou teu mundoe que você pensa em mim todas as noite antes de colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Eu quero invadir os teus sonhos, sem pedir licença, tomar conta dos teus pensamentos, fazer parte da tua vida. Você me permite?

[Mente Hiperativa]

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Melancolia


Melancolia

Melancolia
Alguém bateu à porta
Se for a tal felicidade
Que volte outra hora.



[Mente Hiperativa]

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Trem da felicidade


Trem da felicidade
m da felicidade

Tem vaga nesse trem
chamado felicidade?
Será que ainda tem?

Vou no último vagão,
se for preciso, eu vou.
Não tem problema não.

Tá cheio? Tá lotado?
Ocupo pouco espaço,
vou até pendurado.

Mas ficar fora, fico não.
Espera que te pego
na próxima estação.


[Mente Hiperativa]

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Morrer assim, desse jeito assim, nunca esperei.


Morrer assim, desse jeito assim, nunca esperei.
Morrer assim, desse jeito assim, nunca esperei.

Morava à beira mar e naquele dia ensolarado foi até a área de lazer do prédio levar o irmãozinho à piscina, mas chegando lá viu que estava lotada de pessoas e por isso bastante desconfortável. Resolveu, então, descer até o hall principal do prédio e distraí-lo com outra atividade qualquer.

Nesse hall havia um vidro bem grande que partia do chão até o teto e formava uma espécie de parede que permitia uma bela vista da praia a quem estava na sala. A vista era realmente bela, tanto que ele parou pra contemplá-la por alguns instantes, olhava o mar, as pessoas na areia, sentadas em suas cadeiras, tomando cerveja e se bronzeando despreocupadamente ao sol.

De repente ele se surpreende com uma onda que atinge as pessoas e as obriga a mudar de lugar, a se afastarem um pouco do mar. Ele procura o irmão com o olhar pelo hall, mas ao perceber que ele está com o pai, volta sua atenção à praia. Acompanha o movimento do mar, que parece agressivo. Mais uma onda vem e novamente molha as pessoas que, abusadas, se afastam um pouco mais do mar e ganham alguns metros aquém da faixa de areia.

Depois dessas ondas tudo fica calmo, e o mar parece secar. Mas não seca como normalmente acontece, ele secou rápido demais, de modo que os peixes ficam ainda pulando na areia seca. Absurdo, você pode pensar, ele também pensou ao contemplar estarrecido a enorme onda que se formava logo adiante. Seus olhos estavam arregalados e num grito desesperado ele disse em vão: "paaaaaaai", enquanto apontava para aquela onda que até projetava uma sombra sobre o solo.

A onda derrubou todos que frequentavam a praia, e num piscar de olhos cobriu tudo que havia pela frente. O vidro do hall, que antes parecia uma janela para o mundo, fora completamente encoberto de água. E seu coração nesse momento batia disparado, em contraste com o seu corpo que estava completamente congelado, paralisado, diante de tamanha cena catastrófica, antes só vista nos noticiários e grandes produções Hollywoodianas.

Seu ouvido, que nunca fora tão bom, conseguiu ouvir os estalos do vidro, e enquanto seus olhos permaneciam arregalados eles observavam pequenas rachaduras se formarem e crescerem, crescerem, até romperem o painel de vidro. A água se espalhou por todo o ambiente, gritos desesperados agora se misturavam com o barulho da água arrastando tudo, até que se fez o silêncio. Tudo ficou sem cor, nem som, não era preto e silêncio, era uma sensação antes desconhecida que se traduzia exatamente em "nada". Não sabia se havia perdido a consciência ou simplesmente morrido. Só sabia que não mais existia naquele momento.

E então acordou do pesadelo, sem entender o que se passou naquele dia tão terrível ou que sensações poderia estar escondendo o seu subconsciente.


[Mente Hiperativa]