Trocando de papel
No começo o achava estranho, chamava-o por "doidinhho". "Como pode ser tão maluco?", "não tem um pingo de juízo", pensava ele a respeito do doidinho.
Com o tempo foi se aproximando e procurando entender a loucura do amigo doidinho. Aquilo tornou-se motivo de graça, ser louco parecia tão divertido que ele às vezes 'dava uma de louco' também.
E assim ele foi perdendo aquele medo inicial da loucura, foi aceitando-a como algo natural até que de tanto fingir e admirar o doidinho ele acabou louco como o tal amigo. Hoje é ELE que é encarado com estranhamento pelas pessoas 'NORMAIS'.
"Como pode ser tão maluco?", "não tem um pingo de juízo", comentam as pessoas a seu respeito, a respeito dele que de tanto procurar entender a loucura acabou ficando louco também.
E seu amigo, o doidinho, esse se curou, e hoje trata do amigo que enlouqueceu por admirá-lo muito de perto. O doidinho era louco, talvez ainda seja embora disfarce bem, mas seu amigo, coitado, é um doido varrido daqueles que depois de descoberto não tem mais remédio.
Nota: A loucura é implacável.
[Mente Hiperativa]
Uma vez eu li que os loucos são seres muito vivos num mundo de múmias...
ResponderExcluirSerá que loucura pega?
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