sexta-feira, 20 de maio de 2011

Delírio no fim do dia


Delírio no fim do dia

por Pedro Alcantara

Eu estou despido de todas as roupas, de todas as máscaras, das mentiras e da realidade. Assim eu viajo por mundos nunca antes vistos pelo homem. Aliás, o homem não chega a esses lugares. Eu sou o único lá, contigo. Mas não somos homens, humanos. Somos seres transcendentais que ultrapassam a compreensão dos outros. E somos felizes assim. Somos livres.

Fazemos o que quisermos, sem hora para dormir ou acordar, mesmo porque, o amanhecer do dia e a chegada da noite se confundem num céu, que troca de lugar com o chão e explode numa profusão de cores quentes e frias que se misturam, confundindo quem o vê. E só nós podemos ver isso.

As horas passam, as horas voltam. As horas dançam ao nosso redor, indo e vindo, como convidadas em nossa casa, que sentam-se conosco e tomam vinha, que vira água, que volta ser vinho, que se transforma em suco, que passa para qualquer outra bebida. A realidade se confunde com a ilusão e nossa diversão é sem fim.

Temos pouco tempo e, ao mesmo tempo, temos o resto de nossas vidas. E somos felizes assim. Somos nossas âncoras. E quando precisamos, voltamos ao mundo real. Só nós dois. Eu e você. Para sempre. Sempre...

... Até a hora voltar.

[Mente Hiperativa]

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. parece um sonho...
    daqueles tão bons que acordar se torna deprimente, mas ainda bem que podemos ter um pouco disso acordados.
    ;)

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  3. Lindo! Ah! Compartilho seus textos no meu face, tá? Com o seu link, tudo bonitinho... Beijos...

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