Delírio no fim do dia
por Pedro Alcantara
Eu estou despido de todas as roupas, de todas as máscaras, das mentiras e da realidade. Assim eu viajo por mundos nunca antes vistos pelo homem. Aliás, o homem não chega a esses lugares. Eu sou o único lá, contigo. Mas não somos homens, humanos. Somos seres transcendentais que ultrapassam a compreensão dos outros. E somos felizes assim. Somos livres.
Fazemos o que quisermos, sem hora para dormir ou acordar, mesmo porque, o amanhecer do dia e a chegada da noite se confundem num céu, que troca de lugar com o chão e explode numa profusão de cores quentes e frias que se misturam, confundindo quem o vê. E só nós podemos ver isso.
As horas passam, as horas voltam. As horas dançam ao nosso redor, indo e vindo, como convidadas em nossa casa, que sentam-se conosco e tomam vinha, que vira água, que volta ser vinho, que se transforma em suco, que passa para qualquer outra bebida. A realidade se confunde com a ilusão e nossa diversão é sem fim.
Temos pouco tempo e, ao mesmo tempo, temos o resto de nossas vidas. E somos felizes assim. Somos nossas âncoras. E quando precisamos, voltamos ao mundo real. Só nós dois. Eu e você. Para sempre. Sempre...
... Até a hora voltar.
[Mente Hiperativa]
Surreal.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirparece um sonho...
ResponderExcluirdaqueles tão bons que acordar se torna deprimente, mas ainda bem que podemos ter um pouco disso acordados.
;)
Lindo! Ah! Compartilho seus textos no meu face, tá? Com o seu link, tudo bonitinho... Beijos...
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