Sou poeta, dá licença?
Através de inúmeras histórias eu conto o que vivo, mas a verdade é que todo escritor é um grande fingidor que vive vidas e mais vidas sem nunca vivê-las de fato, mas vive em sua mente e as presencia, experimenta, convive e até inventa. Eu sou poeta, tenho licença pra isso, tenho várias vidas, muitas vivências, algumas terrenas, outras imaginadas, porém uma só essência que me motiva a escrever. E quem poderá dizer que eu não vivi aquele amor ardente que vi no filme hoje mais cedo? Quem dirá que eu não senti a dor daquela desconhecida no shopping domingo à tarde, a qual desabafava com a amiga na mesa ao lado enquanto eu almoçava? Quem pode falar que não sinto o desprezo que sente aquele indigente noticiado ontem na TV, abandonado na sarjeta e posteriormente queimado por um bando de burguesinhos?
Eu sou poeta e preciso viver a vida, sentir a adrenalina pulsando, meu sangue correndo nas veias, preciso sentir a dor, a decepção, a alegria, a euforia, sentimentos que transformo em palavras. Eu tenho licença pra cometer erros gramaticais, criar teorias, inventar personagens, manipular e brincar com as palavras. A mim tudo é permitido fazer pra passar adiante a impressão que tenho sobre a vida, tenho licença poética e posso usar do que for pra escrever, mas nunca duvide de uma coisa: o que escrevo será sempre a expressão da verdade que carrego no peito.
Poetas são poetas até nos momentos de solidão. Poeta tem muitas vidas, muitas experiências vividas, e cada uma... uma nova poesia. Parabéns.
ResponderExcluirAbraço.
Perfeito!!
ResponderExcluirAbraço!!!! =D