
sábado, 31 de dezembro de 2011
RenovAÇÃO

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Por água abaixo
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
O hospício

Será o hospício um meio ou um fim?
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
O paraíso
Descobriu um pouco tarde que o paraíso não existia, mas pensando bem não era tão tarde assim.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
O diagnóstico
Ela falou tudo que já sabíamos, mas foi bastante duro ouvir aquilo, foi difícil ter confirmado as nossas certezas mais escondidas. No fim das contas nós tínhamos esperança, ainda que mínima e improvável, de que aquilo não fosse verdade. Queríamos acreditar que nossas certezas não passavam de desconfianças bobas, queríamos que ela dissesse: “que bobagem, vocês pensavam nisso? Não, é muito mais simples e menos grave”.
Mas esse era o nosso desejo, e não a realidade. Ela confirmou o diagnóstico sombrio que tanto temíamos mas no fundo tínhamos conhecimento. Não foi nenhuma surpresa, mas ainda assim foi chocante. A consulta acabou, mas o diagnóstico não era o fim, era apenas o começo de uma enorme e duradoura luta.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
A natureza do mal

domingo, 25 de dezembro de 2011
O pior dia da minha vida

sábado, 24 de dezembro de 2011
Papai noel vai à padaria
Papai noel vai à padaria
Acordou-se tarde, era véspera de natal, mas que diferença isso fazia na sua vida? Nenhuma. Talvez fizesse há alguns anos atrás quando era famoso, mas hoje em dia não, hoje em dia ele era um ‘zé ninguém’, um senhor aposentado qualquer e completo desconhecido. Todos no asilo sabiam o quanto era difícil pra ele se manter de pé e encarar o mundo nessa época do ano, por isso todos silenciavam.
Ele veio de longe, alguns dizem que foi da Polônia, outros dizem que foi do pólo norte. Alguns dizem ainda que ele não passa de uma invenção da coca-cola. Muitos são os mistérios que rondam a sua origem e as únicas certezas que prevaleceram dizem respeito ao seu bom-caráter e à sua honestidade. Essas marcas nem o tempo nem a falência, nem mesmo a tristeza dos seus olhos puderam apagar.
Hoje em dia ele era ‘nada’, ele se sentia um nada, um lixo, uma escória na sociedade. Os anos já foram mais áureos para aquele bom velhinho. Ele que sempre teve a fama de bondoso, recebia cartas e mais cartas no fim de ano, pedidos e mais pedidos de presentes enquanto hoje se encontrava plenamente desconectado do mundo, todos usavam facebook e email, enquanto ele parou no tempo e ainda esperava receber cartas escritas à mão. Tornara-se um pobre analfabeto digital, e mais do que isso tornara-se um excluído, um abandonado e completo marginalizado no mundo dito moderno. E aonde foi parar todo aquele bem-querer a ele destinado?
Num dia não muito distante ele era lembrado e aguardado por adultos e crianças, trabalhava o ano inteiro a favor delas, que penduravam meias na soleira da janela, fingiam dormir somente pra escutar suas pisadas pelo corredor ao deixar os presentes sob a árvore. Ele chora ao lembrar desse tempo. Onde está todo aquele carinho de que ele tanto precisa?
Papai noel agora não passa de um ilustre desconhecido que vive num asilo qualquer o qual teve a compaixão de hospedá-lo. As crianças hoje não precisam ser boas o ano inteiro para receberem um bom presente, seus pais podem dar-lhes ainda que sejam – e frequentemente são – mal-educadas e mal-comportadas. Eles precisam compensar sua ausência de alguma forma.
Além disso, o mundo perdeu seu encanto e fantasia, crianças não acreditam mais em papai noel, em coelho da páscoa ou fada do dente. Se você contar que na sua infância esperava ver qualquer um deles a criança ri na sua cara sem a menor cerimônia. A sociedade atual, racional e cientificista, não prevê a existência de criaturas encantadoras, não há espaço pra eles hoje em dia.
Desse modo a vida foi basante dura e aplicou um golpe fatal no bom velhinho, o capitalismo, selvagem e canibal, fez com que ele perdesse sua singela fábrica de brinquedos em algum canto isolado e frio do mundo. Ela fora penhorada pela justiça para arcar com as despesas empregatícias dos duendes, além de pagar outras dívidas com os fornecedores. E as renas foram resgatadas pelo greenpeace, visto que hoje em dia não se pode usar o tração animal, vivemos no mundo das máquinas, ora essa. A fábrica agora pertence a uma multinacional e tudo indica que a China tenha substituído perfeitamente o mercado consumidor de brinquedos do papai noel.
A historia é triste, mas o que pode fazer um velhinho indolente diante de um mundo tão perverso e cruel? Como ele pode sozinho reverter tanta incredulidade no coração das pessoas, até mesmo das pessoas mais puras que são as crianças?
Hoje é véspera de natal, e o papai noel não visita mais as casas das pessoas, não com o verdadeiro espírito de natal, aquele bondoso, caridoso, que remete ao nascimento de Jesus Cristo, à solidariedade, à união. Talvez ele esteja presente como uma figura meramente ilustrativa pousada na estante da sala ou sobre a mesa, em forma de um boneco ou emblema vazio de qualquer conteúdo. O natal tornou-se uma data meramente consumista e extremamente hipócrita, na qual as famílias se reúnem ao redor de uma mesa farta e não sabem nem o que estão celebrando.
Diante de tanto esquecimento, de tanta indiferença com o verdadeiro sentido do natal, papai noel veste seu casaco vermelho e vai à padaria comprar pão, completamente irreconhecível. Hoje ele não passa de um velho barbudo e rabugento que perambula pelas ruas sem ninguém abordá-lo. E só consegue sair de casa graças ao 'santo' prozac, o que seria dele sem o seu anti-depressivo... Com certeza estaria preso a uma cama admirando e contemplando o incrível teto do seu quarto no asilo.
Onde está o papai noel? Onde está o verdadeiro sentido do natal? O que estamos comemorando afinal na data de hoje?
[Mente Hiperativa]
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
O segredo do banco

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Noite longa
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Abaixo a discórdia

Tem gente que gosta de viver como animais, brigando, trocando ofensas, criando um clima difícil e inabitável dentro de casa. Eu não entendo isso, sinceramente não entendo. Como pode alguém 'querer' viver mal com os outros? Como pode se fechar num casulo e urticar todos que tentam tocar-lhe? Eu não entendo...
Não adianta mais vestir a fantasia do coitadinho, não cola mais, cada um colhe o que plantou e se hoje a vida é tão dura e áspera com eles então porque não tentam ser mais generosos com ela ao invés de apenas reclamarem? Plantem sementes, ao invés de sabotarem a plantação do vizinho, falem palavras bonitas ao invés de apenas disseminarem o ódio vazio que carregam dentro si.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
QUEM SOU EU?

Todos os dias eu me faço em pedaços e me reconstruo inteiramente, todos os dias eu procuro me conhecer e avanço um pouco mais, ora pra frente, ora pra trás. Às vezes recuo de medo com o que encontro, outras vezes apenas me surpreendo. Como posso dormir toda noite comigo mesmo e no entanto não me conhecer? Como posso esconder tantas coisas de mim mesmo? Onde ficam guardadas essas informações tão preciosas? Quando vou me conhecer?
A busca pelo auto-conhecimento me parece eterna, sinto-a diariamente percorrendo meu 'eu', é preciso muito empenho, é uma luta sem fim, porém jamais infrutífera. A pergunta é sempre a mesma, as descobertas nunca cessam nem nunca irão cessar.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Bem acompanhado
Nota: Porque as pessoas têm tanto problema em saírem sozinhas? É tão estranho assim???
domingo, 18 de dezembro de 2011
Eulália
Ah, ele já estava desiludido com as mulheres, vivia há muito tempo no limiar da dor, sofrendo, e a cada tentativa em vão afundava ainda mais no poço das angústias. Até que um dia ele resolveu desistir, cansou de buscar o amor, se entregou à certeza de que viveria pra sempre sozinho e que o casamento, ou namoro, ou qualquer coisa do gênero, seriam impossíveis e irrealizáveis pra ele.
Muitos já haviam lhe dito que um dia ‘quando ele menos esperasse’ o amor bateria à porta e ele encontraria a mulher dos seus sonhos, perfeita. Porém ele jamais acreditou nisso. A vida sempre foi dura com esse jovem apaixonado, de modo que inúmeras vezes ele quebrou a cara, acumulou sucessivas mágoas, teve que expurgar expectativas, sofreu e sentiu dor até se tornar bastante incrédulo o suficiente com relação ao amor. Eis que um dia...
Era um sábado qualquer, Fernando tinha acordado às 11hs da manhã como de costume e por isso nem tomara café, indo direto ao almoço. Depois deixou uma montanha de louça suja na pia igualmente imunda e deitou-se na cama com o seu bom e velho companheiro, o computador. Navegou por algum tempo, checou os emails e as redes sociais até que num email despretensioso de uma loja ele viu a foto daquela que viria a ser a mulher perfeita pra ele. Ela logo lhe chamou a atenção e ele teve a certeza de que ela tomaria conta do seu coração sofrido e machucado, dilacerado, fibrosado, cansado de tanto sentir dor.
Aquela loira fenomenal, dona de belos olhos azuis, 170m, bem acinturada, seios fartos... Eulália era o seu nome. Ele não hesitou em conhecê-la, pegou o endereço no site e foi direto ao seu encontro, voltando pra casa apaixonado com sua amada nos braços. E nunca mais a deixou ir embora.
Eulália era a mulher perfeita, não reclamava, não brigava, não cobrava nem discutia, não engordava, não engravidava, não tinha TPM e nem se importava com a louça suja em cima da pia, acumulada ao longo de uma semana. Eulália estava sempre de braços abertos à espera do seu amado, seja para uma noite de amor ou apenas para dormir agarrado.
Com o peito exposto e repleto de feridas abertas, enfim o Fernando encontrou um amor recíproco, a essa altura do campeonato Eulália era tudo o que ele esperava encontrar pra ser feliz.
Seu único medo era que ela não agüentasse o tanto de amor que ele tinha pra dar a ela e assim explodisse. Mas nisso ele tinha cuidado.
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
A grama dos problemas
Hoje acordei disposto, não tem tempo ruim nem preguiça que me impeçam de fazer o que eu quero. Hoje eu faço um estrago naquele jardim, passo a máquina, passo a tesoura, desmato tudo, quero ver a cor da terra no chão. Quero tudo limpo e bonito no território dos meus pensamentos.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Deixa o vento entrar

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Por mares nunca dantes navegados

Concordo que num relacionamento muito se aprende com os novos gostos do 'outro', ocorre uma verdadeira revolução em nós, conhecemos um novo mundo, assimilamos um pouco dele, rejeitamos um outro tanto, e assim nos remodelamos, crescemos, evoluímos. E que evolução teríamos se fôssemos os dois iguais?
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Sobre dúvidas e certezas
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Náufrago

domingo, 11 de dezembro de 2011
Meu problema

sábado, 10 de dezembro de 2011
O silêncio
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
O que esperar do amor?
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Rádio velho

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Brigas que levam do nada a lugar algum
A briga é sua, somente sua, e eu não tenho absolutamente nada a ver com ela. Além disso eu não compro inimizades, vai contra os meus princípios morais. Por isso não me peça ou espere que eu vá me inimizar de pessoas que nunca me fizeram mal algum, não vou tomá-las como inimigos somente porque você as encara assim.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Você e eu, o que será?
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
De volta do fundo do poço

domingo, 4 de dezembro de 2011
O ourives

Nota: Convido todos a conhecer o blog do ourives Fernando: http://fernandohpf.blogspot.com/
sábado, 3 de dezembro de 2011
A dor de partir
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Promessas de fim de ano
